A cultura do algodão é altamente sensível às variações climáticas, o que torna o monitoramento e o manejo das condições ambientais fatores cruciais para o sucesso da lavoura. Elementos como temperatura, precipitação, umidade relativa do ar e radiação solar influenciam diretamente o desenvolvimento da planta, a qualidade da fibra e a produtividade final.
Temperaturas elevadas e constantes, por exemplo, favorecem o crescimento vegetativo e a floração do algodoeiro. No entanto, o excesso de calor, especialmente aliado à baixa umidade, pode causar abortamento de botões florais e queda de estruturas reprodutivas, comprometendo a formação de maçãs. Por outro lado, temperaturas muito baixas ou geadas em fases iniciais de desenvolvimento podem afetar a germinação e o vigor das plantas.
A distribuição das chuvas também é determinante. O algodão requer umidade adequada, principalmente nas fases de emergência, floração e enchimento das maçãs. Períodos de estiagem durante essas etapas críticas reduzem o potencial produtivo, enquanto o excesso de chuva pode favorecer o surgimento de doenças fúngicas e dificultar operações de colheita.
Além disso, eventos extremos como ventanias, granizo e variações abruptas de temperatura causam estresse fisiológico e danos mecânicos às plantas. Por isso, estratégias como o uso de cultivares adaptadas, manejo adequado do solo e tecnologias de previsão climática tornam-se indispensáveis.
Em um cenário de mudanças climáticas, entender e se antecipar aos impactos do clima na cultura do algodão é essencial para garantir estabilidade produtiva e qualidade da fibra, assegurando competitividade no campo.
Postagens relacionadas
Dicas para melhorar a qualidade do solo e aumentar a produtividade das lavouras
A qualidade do solo é a base para uma lavoura produtiva e sustentável. Um solo…
Fertilizante foliar: um aliado estratégico para a produtividade da soja
Na busca por maior eficiência e produtividade, o uso de fertilizantes foliares…