O que realmente muda quando um produtor decide adotar fertilizantes organominerais na lavoura? Mais do que uma categoria de adubo, os fertilizantes organominerais representam uma forma diferente de pensar a nutrição das plantas e a saúde do solo.  

Ao unir a eficiência imediata dos fertilizantes minerais com os benefícios da matéria orgânica, os organominerais promovem transformações que vão além da produtividade: impactam a fertilidade, a estrutura do solo, a sustentabilidade do sistema e até a rentabilidade do agricultor. 

Neste artigo, vamos entender em detalhe o que são os fertilizantes organominerais, como funcionam, o que muda no solo e na produção agrícola, e por que eles estão ganhando espaço em programas de adubação modernos. 

O que são fertilizantes organominerais? 

Segundo o Ministério da Agricultura (Instrução Normativa MAPA nº 25, de 23/07/2009), fertilizantes organominerais são insumos que combinam fontes minerais e orgânicas. 

Em outras palavras, os fertilizantes organominerais “enriquecem” um material orgânico com nutrientes minerais. Essa união busca aproveitar a sinergia: os materiais orgânicos melhoram a qualidade do solo e liberam nutrientes lentamente, enquanto os minerais fornecem nutrientes de forma imediata e em maior concentração. 

Exemplos de fertilizantes organominerais comerciais incluem formulações NPK organominerais granuladas (que combinam compostos orgânicos com fontes de N, P2O5 e K2O) e produtos organominerais fosfatados, em que um resíduo orgânico (como esterco ou lodo compostado) é enriquecido com fosfato natural para melhorar sua eficiência. 

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Parâmetros mínimos de qualidade dos organominerais 

Ainda, o Ministério da Agricultura reforça que os fertilizantes organominerais devem atender a parâmetros mínimos de qualidade para sua comercialização. 

Em termos de composição, a norma exige, por exemplo, que o produto contenha pelo menos 8% de carbono orgânico, umidade máxima de 30% e capacidade de troca de cátions (CTC) mínima de 80 mmolc/kg, além de um teor mínimo de 10% de macronutrientes primários (N, P, K) declarados.  

Esses critérios garantem que o fertilizante tenha uma quantidade significativa de matéria orgânica e de nutrientes, diferenciando-o tanto de um adubo orgânico simples quanto de um mineral convencional. 

Como os adubos organominerais funcionam na prática? 

Os fertilizantes organominerais funcionam a partir da liberação gradativa dos nutrientes para as plantas. Os macros e micronutrientes contidos na matéria orgânica são liberados gradualmente conforme a cultura necessita, reduzindo perdas por lixiviação e viabilizando a economia de adubos minerais complementares. 

Isso ocorre graças à presença da matéria orgânica, que retém os nutrientes em seus complexos e vai mineralizando-se aos poucos conforme a atividade microbiana no solo e as condições ambientais. Na prática, essa liberação controlada significa que a planta tem um suprimento mais constante e duradouro, acompanhando suas fases de demanda nutricional.  

Do ponto de vista químico, os organominerais tendem a ter um potencial de solubilidade inicial menor que fertilizantes minerais puros, mas sua solubilização se estende ao longo do tempo. Estudos realizados com milho e soja demonstraram, inclusive, que essa disponibilidade prolongada pode se traduzir em ganhos de produtividade: registrou-se um aumento de 20% na produção de matéria seca das plantas quando se utilizou fertilizante organomineral em comparação a uma fonte mineral convencional.  

Esse resultado sugere maior eficiência agronômica dos fertilizantes organominerais, pois a planta aproveita melhor os nutrientes à medida que eles são liberados de forma sincronizada com seu crescimento. 

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Qual é a diferença entre fertilizantes organominerais, orgânicos e minerais? 

A principal diferença entre fertilizantes organominerais, orgânicos e minerais está na composição. Fertilizantes minerais contêm apenas nutrientes inorgânicos, enquanto os orgânicos são de origem vegetal ou animal. Já os organominerais combinam fontes minerais e orgânicas, proporcionando nutrição equilibrada e gradual. 

  1. Minerais: contêm apenas os nutrientes essenciais em sua forma inorgânica; 
  2. Orgânicos: são derivados de materiais de origem vegetal ou animal (como esterco e compostos), fornecendo nutrientes e melhorando a qualidade do solo;
  3. Organominerais: combinam o melhor dos dois mundos, misturando fontes minerais e orgânicas para oferecer uma liberação gradual de nutrientes e, ao mesmo tempo, melhorar as propriedades físicas e biológicas do solo. 

mão com punhado de solo com matéria orgânica

Vantagens dos adubos organominerais 

Ao combinar fontes orgânicas e minerais, esses fertilizantes oferecem um conjunto amplo de vantagens agronômicas. A seguir, listamos as principais vantagens dos fertilizantes organominerais, destacando seus benefícios para o solo e para a produtividade das lavouras: 

1. Redução de perda de nutrientes

O uso de fertilizantes organominerais reduz a perda de nutrientes por processos como lixiviação e volatilização. 

Um caso prático é o fertilizante organomineral fosfatado desenvolvido pela Embrapa, que utiliza cama de aviário misturada a fontes minerais de fósforo. O produto final é granulado e fornece nutrição completa com aplicação simples, tendo foco na sustentabilidade.  

Por ser rico em matéria orgânica e nutrientes balanceados, com liberação lenta, esse organomineral da Embrapa evita perdas de nutrientes por lixiviação (percolação da água no solo) e tem dose de meia quilo capaz de nutrir plantas em vasos por 2 a 3 meses. 

2. Aumento na eficiência e aproveitamento do fósforo

No organomineral, parte do nitrogênio fica incorporada em compostos orgânicos, sendo liberado gradativamente e diminuindo perdas. Por isso, espera-se redução significativa nas perdas de nitrogênio e aumento na eficiência de aproveitamento do fósforo quando se usa fertilizantes organominerais, graças à presença de ânions orgânicos em abundância nesses produtos.  

Esses ânions orgânicos competem com o fosfato pelos sítios de adsorção no solo, reduzindo a fixação de fósforo em minerais de ferro e alumínio – resultado: mais fósforo disponível para as plantas por mais tempo. 

3. Melhora na qualidade do solo

O componente orgânico contribui para elevar a capacidade de troca catiônica (CTC) do solo, ajudando a reter cátions fertilizantes (como potássio, cálcio, magnésio) no solo e disponibilizá-los lentamente. 

Substâncias húmicas e compostos orgânicos presentes no fertilizante complexam elementos do solo, neutralizando toxidez de alumínio e metais pesados e impedindo sua absorção pelas plantas. Ao mesmo tempo, ocorre maior liberação de nutrientes importantes.   

Um solo tratado com organomineral tende a disponibilizar mais nitrogênio, fósforo, enxofre e outros nutrientes assimiláveis, especialmente em solos pobres ou intemperizados. 

4. Melhoria da fertilidade e da estrutura do solo 

A matéria orgânica adicionada aumenta a fertilidade do solo e melhora suas propriedades físicas. Há elevação da capacidade de troca de cátions (CTC), permitindo ao solo reter e fornecer mais nutrientes como cálcio, magnésio e potássio. 

Fisicamente, a matéria orgânica favorece a agregação do solo, reduzindo a densidade e aumentando a porosidade, o que melhora a infiltração e retenção de água. Esses agregados também diminuem a erosão.  

Como consequência, quando o solo está bem estruturado e com boa retenção hídrica, cria-se um ambiente ideal para o crescimento radicular e o desenvolvimento das culturas. 

5. Estímulo à biologia do solo

A incorporação de matéria orgânica através dos adubos organominerais estimula a atividade microbiana benéfica. Esses fertilizantes servem de alimento para microrganismos do solo (bactérias, fungos, actinomicetos), aumentando sua população e diversidade. 

Uma biota microbiana ativa acelera a decomposição de resíduos, a ciclagem de nutrientes e pode contribuir para o controle de patógenos do solo. Esse aumento da biodiversidade no solo resulta em um ecossistema mais equilibrado e resiliente, favorecendo as plantas.  

Em solos somente com adubação mineral, muitas vezes a atividade biológica é menor; já com organomineral, cria-se um ambiente propício para a vida no solo, fator crucial da saúde e sustentabilidade agrícola. 

6. Melhor desenvolvimento das plantas e produtividade elevada

Os reflexos positivos no solo e na nutrição se traduzem em ganhos diretos na lavoura. Com solo mais fértil e estruturado, as plantas desenvolvem raízes mais vigorosas, capazes de explorar um volume maior de solo em busca de água e nutrientes.  

A disponibilidade equilibrada de nutrientes e água favorece um maior desenvolvimento vegetativo, com plantas mais verdes e robustas. Com plantas mais saudáveis e bem nutridas, é comum registrar aumentos de produtividade. 

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7. Sustentabilidade e benefícios ambientais

A adoção de fertilizantes organominerais também traz vantagens ambientais significativas, como: 

  • Redução da poluição e economia circular: muitos organominerais utilizam resíduos orgânicos reciclados (estercos, resíduos da agroindústria, lodos compostados). Ao invés do descarte, são transformados em insumos valiosos, evitando a poluição do solo e da água. 
  • Sequestro de carbono: os organominerais também contribuem para a mitigação dos gases de efeito estufa ao ajudar no sequestro de carbono no solo (já que parte do carbono presente nos resíduos é estabilizada). 

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Mesmo com tantas vantagens, uma barreira para a adoção de novas tecnologias de fertilização pode ser o acesso fácil e confiável a esses produtos no mercado.  

É aqui que entra o diferencial da AgriConnection Fertilizers. Por meio da AgriConnection, o agricultor encontra em um só lugar diversas opções de fertilizantes – incluindo fertilizantes organominerais de alta qualidade –, sem precisar garimpar fornecedores ou se preocupar com a procedência do produto. 

O modelo de negócios da AgriConnection Fertilizers foca em praticidade, inteligência de mercado e confiança. Na prática, o produtor conta com negociação flexível e ágilcom o apoio de especialistas e informações de mercado atualizadas para escolher a melhor alternativa de adubação para sua lavoura.  

Por exemplo: se o fertilizante organomineral for a melhor opção para determinada situação (seja por preço, disponibilidade ou vantagem agronômica), a equipe da AgriConnection poderá apresentá-lo e compará-lo com outras fontes, ajudando o produtor a tomar uma decisão embasada. Para o agricultor, isso se traduz em garantia de que o insumo chegará na hora certa para aplicação, um aspecto crítico em adubação, e pelo melhor custo-benefício. 

Seja fertilizantes minerais tradicionais, organominerais, corretivos, condicionadores de solo e hidrossolúveis, o produtor pode confiar que encontrará na AgriConnection um canal fácil e seguro para adquirir o que precisa, com apoio técnico e profissional em cada etapa do processo. 

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