O aumento na frequência e na intensidade de eventos climáticos extremos, como secas, inundações, ondas de calor, expõe a produção agrícola a perdas cada vez maiores. Nos últimos anos, o Brasil vivenciou condições severas que resultaram em prejuízos bilionários no campo 

Em 2024, por exemplo, uma enchente histórica no Rio Grande do Sul causou perdas estimadas de R$ 8,5 bilhões apenas na agricultura do estado. No total, calcula-se que problemas climáticos provocaram mais de R$ 34,5 bilhões em perdas nas principais lavouras (soja, milho e trigo) naquele ano.  

Esse panorama acende um alerta: para prevenir quebras de safra e minimizar danos, os produtores rurais precisam adotar uma postura proativa de gestão de riscos e mitigação de impactos no campo. E acredite, o jeito de fazer negócio pode mudar tudo quando o assunto é antecipação e previsibilidade no campo.  

Afinal, não é só o clima, mas o aumento da complexidade também tem se estendido para as áreas de logística, preços, pressão de pragas, doenças e daninhas. Cada elo da lavoura é uma peça a mais no quebra-cabeça da rentabilidade dos produtores.    

A importância da gestão de riscos na agricultura 

Gerir riscos na agricultura significa antecipar e se preparar para incertezas que podem comprometer a produção e a rentabilidade. Embora seja comum associar riscos no campo principalmente ao clima, há uma série de outros fatores externos críticos envolvidos.  

O produtor está sujeito a riscos de produção (como pragas e doenças nas plantas), riscos climáticos (seca, geada, excesso de chuva), riscos de mercado (oscilações de preços e demanda), riscos de crédito e financeiros, além de riscos de infraestrutura e logísticos. Todos esses elementos podem, de forma isolada ou combinada, resultar em perdas financeiras ou de produtividade significativas. 

E os impactos de eventos adversos na agricultura não se limitam à lavoura, eles repercutem em toda a cadeia. Quebras de produção expressivas levam à redução da oferta e à volatilidade na renda do produtor, podendo também elevar os preços dos alimentos para o consumidor e ameaçar a segurança alimentar.  

Assim, a gestão de riscos agrícolas tornou-se fundamental para a sustentabilidade do negócio rural. Agricultura em clima tropical, como a do Brasil, é descrita como uma verdadeira “ilha em um mar de riscos” dada a intensidade dos desafios atuais.  

Portanto, incorporar práticas de identificação, planejamento e mitigação de riscos é indispensável para proteger tanto a produção quanto a saúde financeira do produtor. 

Planejamento estratégico e previsões para minimizar perdas relacionadas ao clima 

Uma das principais frentes da gestão de riscos é o planejamento estratégico baseado em previsões confiáveis. Na prática, isso significa usar informações climáticas e de mercado para tomar decisões antecipadas que diminuam a exposição a perdas.  

Com as mudanças climáticas tornando padrões meteorológicos menos previsíveis, investir em previsão do tempo e clima é crucial. Meteorologistas e órgãos de pesquisa ressaltam a necessidade de melhorar as previsões e os sistemas de alerta precoce para proteger populações rurais de eventos extremos.  

Para o produtor, acompanhar boletins climáticos sazonais (como previsões de El Niño ou La Niña) permite ajustar a época de plantio ou escolher culturas mais adaptadas às condições esperadas de cada safra. 

Ferramentas de planejamento como o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) têm mostrado resultados concretos na redução de perdas. O ZARC indica, para cada cultura e município, as janelas de plantio com menor probabilidade de adversidades climáticas, considerando histórico de chuvas, temperatura, tipo de solo e ciclo das cultivares. Seguir essas recomendações ajuda a evitar que fases sensíveis da lavoura coincidam com secas ou geadas severas, possibilitando até 80% de chance de sucesso nas culturas analisadas.  

Um levantamento recente estimou que a adoção do ZARC nas políticas de crédito e seguro agrícola evita cerca de R$ 3,6 bilhões em perdas de produtividade por ano no Brasil. Esse dado ilustra o poder do planejamento estratégico: cada decisão bem informada hoje pode representar uma safra bem colhida amanhã, mesmo diante de condições climáticas desafiadoras. 

Outro aspecto do planejamento de riscos é traçar planos de contingência. Produtores resilientes estabelecem protocolos para diferentes cenários, por exemplo, planos de irrigação de emergência em caso de estiagem, ou estratégias de escalonamento da colheita se há previsão de chuvas fora de época.  

A ação antecipada é um fator-chave: quanto mais cedo o agricultor identifica um risco (seja climático ou de outra natureza) e atua para mitigá-lo, menores tendem a ser os danos. 

Informações de mercado e disponibilidade de insumos também fazem parte de uma boa gestão de riscos 

Como citamos, além do clima, os fatores de mercado desempenham um papel importante no risco agrícola. Flutuações bruscas nos preços das commodities ou escassez de insumos podem transformar uma safra promissora em prejuízo.  

A viabilidade econômica da produção pode ser afetada tanto por uma queda no preço de venda da colheita quanto por um aumento inesperado no custo de fertilizantes, defensivos ou sementes. Por isso, o acesso a informações de mercado em tempo real e a análise de tendências são aliados do produtor moderno. 

Tomemos como exemplo a questão dos fertilizantes…  

Atualmente o Brasil depende da importação para suprir mais de 70% do consumo de fertilizantes utilizados na agricultura. Esses insumos representam cerca de 40% do custo de produção das principais culturas nacionais, ficando sujeitos à volatilidade de preços internacionais (variações no petróleo, matérias-primas, câmbio) e a eventuais crises de oferta externa.  

Um choque no mercado global, como conflitos geopolíticos ou restrições em países fornecedores, pode resultar em escassez e alta de preços de fertilizantes, colocando em risco a safra de quem não se preparou.  

Nesse contexto, monitorar a disponibilidade de insumos e os indicadores de preço com antecedência se torna parte essencial da gestão de riscos. Produtores informados ou que contam com parceiros que estão constantemente atualizados e repassando essas informações, conseguem, por exemplo, antecipar compras de adubo antes de uma alta esperada ou armazenar insumos críticos, evitando ficar à mercê do mercado no pico da demanda. 

Da mesma forma, acompanhar tendências de preços agrícolas e projeções de oferta e demanda permite ao agricultor planejar a comercialização da colheita de forma mais segura.  

Decisões, como travar preços via contratos futuros ou escalonar vendas, podem proteger a renda contra oscilações do mercado. Em suma, transformar dados de mercado em decisões estratégicas ajuda a mitigar riscos financeiros e a assegurar que todo o investimento na lavoura resulte no melhor retorno possível. 

Mas afinal, como mitigar impactos e prevenir perdas no campo? Confira algumas estratégias principais 

Diante de tantos riscos potenciais, o produtor dispõe de um arsenal de estratégias práticas para mitigar impactos e prevenir perdas na produção. Alguns dos principais mecanismos de gestão de riscos agrícolas incluem: 

  • Monitoramento constante da lavoura: utilizar ferramentas de agricultura de precisão para acompanhar de perto as condições do campo e detectar precocemente problemas (estiagens localizadas, surtos de pragas, deficiências nutricionais, etc.) que possam impactar a produtividade. O monitoramento via sensores, imagens de satélite e outros equipamentos permite agir rapidamente antes que pequenos focos se tornem grandes prejuízos. 
  • Diversificação de culturas: evitar apostar todas as fichas em uma única cultura, cultivando diferentes culturas e até variedades, reduz a dependência de uma safra só e dilui riscos. Se uma cultura sofre quebra devido ao clima ou à doença, outras podem compensar parte das perdas, equilibrando a renda do produtor. 
  • Manejo fitossanitário integrado: adotar o manejo integrado de pragas, doenças e daninhas, combinando técnicas de controle químico, biológico e cultural, para prevenir infestações fora de controle. Manter a sanidade da lavoura é crucial para evitar perdas significativas por fatores bióticos, especialmente em cenários de clima instável e extremo que favorecem certas ameaças. 
  • Tecnologia e previsão climática avançada: investir em previsões climáticas de ponta, como uso de radares meteorológicos, estações meteorológicas na fazenda e softwares de gestão agrícola, para otimizar o planejamento do plantio e das operações conforme as condições do tempo. Com ferramentas modernas, é possível decidir a janela ideal de semeadura, programar irrigação ou defensivos no momento certo e se preparar para eventos extremos previstos. 
  • Práticas agrícolas sustentáveis: implementar práticas conservacionistas, como plantio direto, rotação de culturas, adubação verde e manejo adequado do solo e da água, aumentando a resiliência do sistema produtivo. Solos saudáveis, com boa estrutura e umidade, e ecossistemas equilibrados conseguem suportar melhor extremos climáticos (como seca ou excesso de chuva) sem perdas tão graves de produtividade. 
  • Cultivares e tecnologias adaptadas: investir em variedades de culturas mais resistentes a estresses da região, seja tolerância à seca, resistência a certas doenças ou pragas, e em tecnologia de aplicação eficiente de insumos. Genéticas melhoradas e soluções tecnológicas bem aplicadas atuam como “seguros biológicos”, reduzindo a vulnerabilidade da lavoura a surpresas do clima ou do ambiente. 
  • Seguros e proteção financeira: proteger o negócio agrícola com seguro rural e outros mecanismos financeiros. A contratação de apólices que cubram eventos climáticos (geada, seca, excesso de chuva) garante uma indenização em caso de perda severa, funcionando como uma rede de segurança. Além disso, utilizar contratos futuros ou travas de preço para parte da produção pode assegurar uma receita mínima, diminuindo a exposição a oscilações de mercado. Essas ferramentas de transferência de risco permitem que o produtor não carregue sozinho o ônus de eventos adversos catastróficos, sendo parte essencial de uma gestão de riscos completa. 
  • Antecipação estratégica de compras e negociações: realizar o planejamento e a aquisição de insumos com antecedência, e por meio de canais que integrem informações de mercado, condições flexíveis e previsibilidade logística, pode reduzir drasticamente os riscos de desabastecimento e os custos da produção. Ter acesso a um portfólio completo e competitivo, que inclui defensivos, nutrição e fertilizantes, com apoio técnico regional e soluções de crédito adequadas, é um diferencial que protege o produtor em um cenário de alta volatilidade no agro. 
  • Negociação inteligente e previsibilidade de entrega: escolher parceiros estratégicos que ofereçam portfólio completo, apoio técnico, condições flexíveis e logística confiável é uma forma prática de reduzir riscos. Antecipar a compra dos insumos certos, no tempo certo, faz toda a diferença para evitar perdas no campo. 

Vale ressaltar que essas estratégias se complementam. Não existe bala de prata contra as incertezas do agro, mas a combinação de boas práticas agrícolas, tecnologia, seguro e planejamento constrói uma propriedade mais resiliente. Produtores que adotam tais medidas alcançam maior tranquilidade para atravessar intempéries e volatilidades, sabendo que minimizaram o que estava ao seu alcance e que dispõem de mecanismos de resposta caso a situação piore. 

O novo jeito de fazer negócios no agro para reduzir riscos 

Diante de todos os desafios, contar com parcerias estratégicas e inovação no modelo de negócio pode potencializar a gestão de riscos no campo.  

É nesse contexto que se destaca o novo jeito de fazer negócios da AgriConnection, uma abordagem que conecta o produtor rural às melhores oportunidades do mercado de forma ágil e segura 

A AgriConnection é uma rede de acesso que conecta produtores a indústrias globais, oferecendo um amplo portfólio de defensivos, nutrição, fertilizantes e biológicos, com negociações ágeis e logística eficiente. Em outras palavras, o produtor passa a ter acesso facilitado a insumos de qualidade, em um só lugar, com agilidade e confiança, eliminando gargalos de abastecimento e reduzindo o risco de ficar sem produtos essenciais na hora necessária. 

Nosso modelo inovador também proporciona conveniência e confiabilidade para a tomada de decisão, ao integrar informações e suporte especializado em todas as frentes do negócio agrícola. 

Por exemplo, ao conectar o campo ao mercado de capitais, a AgriConnection Finance auxilia produtores no acesso a crédito e soluções financeiras sob medida, diminuindo a incerteza financeira e viabilizando investimentos mesmo em épocas desafiadoras.  

Além disso, com uma presença nacional e conhecimento profundo das realidades regionais, oferecemos um acompanhamento eficiente no dia a dia do produtor, reduzindo riscos graças à experiência local e consultoria de profissionais reconhecidos. 

Minimizar perdas no campo é uma missão complexa, mas possível. Requer decisões embasadas, parceiros confiáveis e acesso a soluções que facilitem o dia a dia no campo. A gestão de riscos se fortalece quando o produtor tem ao seu lado um novo jeito de acessar o que precisa, no tempo certo e com o apoio certo. O futuro do agro está cada vez mais nas mãos de quem se antecipa, se informa e se conecta com eficiência. 

Se você ficou interessado em experimentar esse novo jeito de fazer negócios, vale a pena conhecer de perto o que a AgriConnection pode oferecer.  

Entre em contato com o representante AgriConnection da sua região e descubra na prática como essa rede pode elevar o patamar dos seus resultados no campo.  

Fontes:
Gov
CNA
Embrapa
AgriConnection 

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ATENÇÃO

Produto de uso agrícola. Este produto é perigoso à saúde humana, animal e ao meio ambiente. Leia atentamente e siga rigorosamente as instruções contidas no rótulo, na bula e na receita.
Utilize sempre os equipamentos de proteção individual. Nunca permita a utilização do produto por menores de idade.

CONSULTE SEMPRE UM ENGENHEIRO AGRÔNOMO. VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO.


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